Na trama áspera da batida das horas,
entre lagos e rios ondula o amor,
na desordem cansada da rotina aflora,
a vertente entulhada revelando amargor.
É um longo caminho entre luz e serpente,
escolhendo o amarelo se o vermelho seduz,
entre cruz e moeda surge Judas e o tridente,
emerge o carimbo divino e à paz reconduz.
Então cessam todos vestígios de fumaça,
o coração aquieta ao sussurro delicado,
e o destino exulta feliz em seu legado.
Novo tempo de despertar,
ouvir o prelúdio dessa melodia,
e o verde sinaliza... Uma linda sinfonia.
Sonia Guzzi