Minha Dor II
Minha dor não tem som nem gesto,
segue com seu rastro pegajoso,
discreta lesma laboriosa,
e sob o sol quente e claro,
vai juntando da terra os gritos,
o sofrimento, sangue e pranto.
Minha dor sem motim ou alarde,
deita seu alento no colo débil,
de uma noite que já estremece,
desliza sem ruído nas madrugadas,
enlutada espoca silenciosa,
no subterrâneo dos lamentos,
ferida e exausta entrega à terra,
a crueldade, o sal e a água.
Sonia Guzzi
Forte querida amiga.
ResponderExcluirUm grande bj
Sônia, a realidade anda assustadora. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirVamos caminhando com dores e alegrias, assim é vida ultrapassando muros e pulando pontes. Abs.
ResponderExcluirAmiga vim agradecer a sua presença no meu cantinho, é sempre uma enorme alegria ver chegar mais uma amiga. Adorei o seu blog e vou acompanhar com muito prazer.
ResponderExcluirBoa semana plena de paz e harmonia.
beijinhos
Maria