Silenciosa aranha paciente
Silenciosa aranha paciente
- notei como em pequeno promontório
estava ela isolada,
notei como explorava
o vasto vazio que a circundava:
ia jogando fio, fio, fio
tirando dela mesma,
soltando-os sempre mais,
incansável fazendo-os correr sempre.
E você, ó minha alma, onde é que está
cercada, separada, em desmedidos
oceanos de espaço,
ininterruptamente ponderando,
arriscando, jogando,
em busca de esferas para liga-las
até que esteja construida a ponte
que irás necessitar,
até que esteja segura a âncora dúctil,
até que o fio de teia que lanças
prenda-se em algum lugar, ó minha alma!
¡Precioso! Me ha gustado mucho. Un abrazo.
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