Pimenta Alecrim Palavra - Sonia Guzzi

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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Agradecimento

Agradeço e comemoro os cem seguidores deste blog.
Para uma mulher que curte plantas, terra, meditação e escrever, o desafio digital tem sido formidável.
Um grande abraço, em divina amizade.
Sonia Guzzi 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Terno das Almas

Conheci o ritual "terno das almas", na vila de Igatú- Chapada Diamantina. Se ainda não conhece e deseja saber a respeito, link aqui -Terno das Amas-.
Grande abraço, em divina amizade.


Terno das almas

Lençóis brancos voam
e matracas entoam
onde as almas revoam
e a noite em prelúdio
benditos rezando
encostas vibrando
as faltas lavando
 perdão ao repúdio.

Amor feminino
clamor celestino
implora ao divino
a paz e sossego
que a porta da morte
com seu passaporte
receba com sorte
com luz e aconchego.


Sonia Guzzi

sábado, 5 de novembro de 2011

O mestre da poesia e beleza



A música de Itzhak Perlman

A música acena
murmura serena
com alegria plena
 e o som  propaga
do peito que explode
e sibila a ode
emoção sacode
e define a saga

A platéia atenta
e qual luz sedenta
respira e acalenta
o dom e beleza
 toque qual adaga
também fere e afaga
Deus à ele sufraga
Completo em  grandeza

Sonia Guzzi

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Menina levada

A menina levada
que rejeita conselho
ela cai de uma escada
e machuca o seu joelho.

Então chora se espanta
e reclama do mundo
 logo depois me encanta
com abraço bem fundo.

 cedo, em tão  tenra idade
sem registro da lida
sabe que a dualidade
 veste enredo da vida.

Toda felicidade,
tem Incredulidade,
Também comicidade,
tem dramaticidade.

Sonia Guzzi

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Walt Whitman- tradução Geir Campos

Silenciosa aranha paciente

Silenciosa aranha paciente
- notei como em pequeno promontório
estava ela isolada,
notei como explorava
o vasto vazio que a circundava:
ia jogando fio, fio, fio
tirando dela mesma,
soltando-os sempre mais,
incansável fazendo-os correr sempre.
E você, ó minha alma, onde é que está
cercada, separada, em desmedidos
oceanos de espaço,
ininterruptamente ponderando,
arriscando, jogando,
em busca de esferas para liga-las
até que esteja construida a ponte
que irás necessitar,
até que esteja segura a âncora dúctil,
até que o fio de teia que lanças
prenda-se em algum lugar, ó minha alma!