Pimenta Alecrim Palavra - Sonia Guzzi

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal


Desejo que seu natal seja um momento feliz, com o menino MESTRE despertando o sentimento de  plenitude em amor e compaixão.
Feliz natal, grande abraço.
Em divina amizade.
Om, Paz, Amém.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Natal da minha infância.

participação com a blogagem coletiva, promovida pela Roselia do blog:
 http://espiritual-idade.blogspot.com/


Recordo dos natais de minha infância, com todos os aromas, surpresas e o delicioso frio na barriga, que antecedia a comemoração do aniversário de Jesus.
Lembro-me do ritual de preparação para a ceia natalina.
Toda casa era examinada e qualquer vestígio de poeira era cuidadosamente eliminado.
Os tapetes eram lavados, e nós, as crianças da casa, ficávamos ansiosos esperando pelo presente.
Na véspera do dia de natal, meu pai saía de casa logo cedinho, incumbido de completar as compras para a ceia.
 Minha mãe cozinhava batatas, cenouras, cortava frutas, para uma grande travessa de salada.
Uma toalha repleta com raminhos vermelhos era disposta sobre a grande mesa de madeira.
Uma infeliz ave era abatida no quintal.
 Naquela festa destinada à celebração do nascimento de Cristo também havia dor, provando que mesmo na intenção divina, ainda assim, cultivamos nossa humanidade com requintes de crueldade.
Cuidadosamente minha mãe preparava o doce de minha preferência, o bolo em camadas.
Como se estivesse hipnotizada, ficava observando aquela sobremesa recheada com doce de leite, goiaba e suspiros.
Hoje sei, que minha mãe fingia não perceber, minhas mãos nervosas deslizando pela borda daquela delícia sedutora.
Tudo era mágico e a espera pelo presente angustiante.
À noite, antes da ceia, fazíamos uma oração, onde meu pai falava um pouco sobre Jesus e agradecia todas as bênçãos derramadas sobre nossa família.
Depois uma coisa estranha acontecia.
Uma felicidade encharcava meu coração e eu via uma linda estrela colorida entrar pela janela e sentar ao lado da grande árvore enfeitada.
Naquele momento eu sabia, que a grande comemoração havia começado.
Era Jesus, o mestre extraordinário, seduzindo minha mente e coração.
Embevecida com a linda imagem, muito longe ouvia a voz de meu pai concluindo"Que Jesus seja um natal constante em nossas vidas".

Sonia Guzzi

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Agradecimento

Agradeço e comemoro os cem seguidores deste blog.
Para uma mulher que curte plantas, terra, meditação e escrever, o desafio digital tem sido formidável.
Um grande abraço, em divina amizade.
Sonia Guzzi 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Terno das Almas

Conheci o ritual "terno das almas", na vila de Igatú- Chapada Diamantina. Se ainda não conhece e deseja saber a respeito, link aqui -Terno das Amas-.
Grande abraço, em divina amizade.


Terno das almas

Lençóis brancos voam
e matracas entoam
onde as almas revoam
e a noite em prelúdio
benditos rezando
encostas vibrando
as faltas lavando
 perdão ao repúdio.

Amor feminino
clamor celestino
implora ao divino
a paz e sossego
que a porta da morte
com seu passaporte
receba com sorte
com luz e aconchego.


Sonia Guzzi

sábado, 5 de novembro de 2011

O mestre da poesia e beleza



A música de Itzhak Perlman

A música acena
murmura serena
com alegria plena
 e o som  propaga
do peito que explode
e sibila a ode
emoção sacode
e define a saga

A platéia atenta
e qual luz sedenta
respira e acalenta
o dom e beleza
 toque qual adaga
também fere e afaga
Deus à ele sufraga
Completo em  grandeza

Sonia Guzzi

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Menina levada

A menina levada
que rejeita conselho
ela cai de uma escada
e machuca o seu joelho.

Então chora se espanta
e reclama do mundo
 logo depois me encanta
com abraço bem fundo.

 cedo, em tão  tenra idade
sem registro da lida
sabe que a dualidade
 veste enredo da vida.

Toda felicidade,
tem Incredulidade,
Também comicidade,
tem dramaticidade.

Sonia Guzzi

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Walt Whitman- tradução Geir Campos

Silenciosa aranha paciente

Silenciosa aranha paciente
- notei como em pequeno promontório
estava ela isolada,
notei como explorava
o vasto vazio que a circundava:
ia jogando fio, fio, fio
tirando dela mesma,
soltando-os sempre mais,
incansável fazendo-os correr sempre.
E você, ó minha alma, onde é que está
cercada, separada, em desmedidos
oceanos de espaço,
ininterruptamente ponderando,
arriscando, jogando,
em busca de esferas para liga-las
até que esteja construida a ponte
que irás necessitar,
até que esteja segura a âncora dúctil,
até que o fio de teia que lanças
prenda-se em algum lugar, ó minha alma!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Minha dor

Minha Dor II


Minha dor não tem som nem gesto,
segue com seu rastro pegajoso,
discreta lesma laboriosa,
e sob o sol quente e claro,
vai juntando da terra os gritos,
o sofrimento, sangue e pranto.

Minha dor sem motim ou alarde,
deita seu alento no colo débil,
de uma noite que já estremece,
desliza sem ruído nas madrugadas,
enlutada espoca silenciosa,
 no subterrâneo dos lamentos,
ferida e exausta entrega à terra,
a crueldade, o sal e a água.


Sonia Guzzi

 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Selinho


Recebi este selinho da amiga Neil, do blog http://nellsantos.blogspot.com/, em tempos idos.
Fiquei tentando posta-lo de um outro jeito e não consegui, apesar de desconfigurar o blog.
Vocês viram o blog de ponta cabeça, e bem no meio dele uma boca enorme ...sorrindo?
Não era o lobo mau...era a boca desta limitada criatura. Até agora, não sei como ela saiu da foto e foi parar ali.
Depois da explicação, quanto a demora da postagem, quero agradecer muitíssimo o gesto de amizade, da amiga poetisa e blogueira.
Sei que existe um protocolo quanto ao selo, mas, quero pedir permissão para oferece-lo à todos  queridos amigos visitantes. Tudo bem Nell?...por favor, diga que sim. rss
Bjs, linda.
Gde abraço a todos, em divina amizade.
Sonia Guzzi


domingo, 2 de outubro de 2011

Luto



Morreu seu Juca da banca de revistas.

Hoje o pequeno quiosque de notícias está fechado.

Enroscada entre dois pilares, uma única faixa preta sem pudor ou reserva diz: "luto, seu Juca morreu.”

Ignorando a manhã que acordou silenciosa na pequena cidade, seu Juca partiu.

Deixou o cão três patas, que em virtude de um atropelamento recebeu o apelido e acolhido e tratado pelo homem compassivo, a ele ficou afeiçoado. Agora ali, deitado perto do banco de cimento ao lado do pequeno quiosque, seus olhos manchados com uma sombra de dor, alcança quem se aproxima, produzindo no peito uma leve fisgada de saudade.

Morreu seu Juca da banca de revistas.

No balcão perto da caixa registradora, dentro de um diminuto recipiente de acrílico ficou a gravura de uma folha de bordo vermelho, pois o homem sonhador esperava um dia conhecer o Canadá, e aquela lembrança, inspirava seus dias de possibilidades e esperança.

Ficou também a intenção de um filho desejado, perdido entre rusgas cotidianas, beijos apressados, compras adiadas e sonhos desistentes. Deixou entre dias passados também seus segredos, que assim sendo, deverão permanecer, enroscados num tempo sorrateiro, disfarçado entre sois e luas.

Ficou a rua da praça com seus carros apressados, passos conhecidos e sorrisos matinais.

Ficou também a viúva Leonor, enlutada de choro e mágoa, mas, se me permite uma irresistível indiscrição, seus olhos molhados já escorregam esperançosos em outra direção.

Ficou também a perplexidade dos amigos, a desolação de três patas e também uma chuva fina caindo mansamente durante todo o cortejo, na despedida do vendedor de palavras.

Naquela tarde triste, a terra acolheu seu Juca e a história de um homem bom.

E depois... a noite encobriu o dia...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Oração

Amigos(as), me afastarei este mês das postagens, mas, retornarei no começo do mês de Outubro. Deixo esta oração e meu carinho.
Bjs, em divina amizade.
Sonia Guzzi

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Manhã

Oh manhã
de poesia,
 que encontra a pedra
 enroscada na grama,
a cozinha
com seu aroma
atrevido e soberano,
seduzindo corpos indolentes.
O mundo que explode
 em ruídos de veículos,
imagens coloridas,
onde a realidade...
 é só mais um ganha pão.
Oh manhã
acolhedora
e macia,
repleta da memória
de crianças atropeladas,
pelos lanches rápidos
 e horas atrasadas,
onde...
um dia na casa vazia,
sons familiares escorregam
e impregnam
as paredes, de um tempo
que não mais existe.
Oh manhã
de incógnitas
 e esperança,
que me abraça,
como a nobre e doce
senhora,
diante da água,
do trigo
e da fé,
simplesmente me entrego,
com imensa gratidão,
deslizando
 na sua promessa.

Sonia Guzzi

domingo, 21 de agosto de 2011

ARARAQUARA( Morada do SOL)-194 anos de exuberância


Brilha querida ALMA,
na grandeza que acalma,
sou figurante e desafino,
morada do Grande Astro,
no esplendor do seu lastro,
e no seu exuberante destino.
Reverenciando sua luz,
sou devota confesso,
íntima aprendiz,
do seu fulgor,
e AMOR.

Sonia Guzzi

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Olhar feliz

Hoje o sol respirou feliz no verde orvalhado. Até o pássaro dançou na sua luz, enquanto Deus esticava seus dedos na suavidade do dia emergente. Promessa auspiciosa...

Sonia Guzzi

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Selinhos

Amigos, desculpem pelos selinhos recebidos e não postados. Agradeço muito e ainda os postarei.
Obrigada pelo carinho.

Sonia Guzzi

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Propósito


Gosto do vermelho da terra,
que cola na mão que trabalha,
e o evento que encerra,
a promessa que agasalha.
 
Gosto da rubra amoreira,
vergada, exausta em bagos,
no destino doce obreira,
ventre parido em afago.

Gosto das mãos cinzelando,
um céu escarlate em susto,
nuvens, também anjos robustos.

Gosto do olhar amoroso,
que pranteia a dor do mundo,
e acolhe em amor profundo.

Sonia Guzzi

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ainda assim...

Entardeceu,
e já se pode ouvir os passos da noite.
As paredes outrora brancas,
agora estão enfeitadas com silêncio, mofo e fastio.
O violão no canto da sala,
com seu jeito de promessa descansa.
Entre êxtase e tédio preferiu só as lembranças.
Anoiteceu,
e as mãos descuidadas fecham as janelas.
Não haverá aroma entre mesa posta, flores e riso.
Fecha o peito,
para a brisa incipiente e temerosa,
que assopra canções novas.
O coração teimoso está preso,
na penumbra de seu próprio grito.
No alto de sua dor,
não percebe o céu generoso,
derrubando estrelas pelo chão,
na tentativa insistente,
de fazer brotar cor e beleza,
no traço inconstante de seus dias.
Enquanto isso,
a criança chora,
a coruja com seus olhos de susto,
observa no alto do poste,
as greves alardeiam seus direitos,
as guerras destroem jovens vidas,
a mulher santa abraça e abençoa,
os dois jovens trocam carícias,
os preços..........


Sonia Guzzi

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Saudade


A saudade teceu na teia do tempo amores imortais. Primorosa e pontual com sua linha escarlate. Depois, a lembrança embalou e encerrou no labirinto dos tesouros encantados. Desde então...sou procuradora...das duas.

Sonia Guzzi

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Luz e serpente



Na trama áspera da batida das horas,
entre lagos e rios ondula o amor,
na desordem cansada da rotina aflora,
a vertente entulhada revelando amargor.

É um longo caminho entre luz e serpente,
escolhendo o amarelo se o vermelho seduz,
entre cruz e moeda surge Judas e o tridente,
emerge o carimbo divino e à paz reconduz.

Então cessam todos vestígios de fumaça,
o coração aquieta ao sussurro delicado,
e o destino exulta feliz em seu legado.

Novo tempo de despertar,
ouvir o prelúdio dessa melodia,
e o verde sinaliza... Uma linda sinfonia.

Sonia Guzzi

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Possibilidades



Os olhos brilham...Lá no futuro, as possibilidades eclodiram um clarão. A ebulição duelista arrumou um jeito...De ser feliz.



Sonia Guzzi

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Recomeço

A pálida manhã desenha seu contorno,
nas luzes débeis da noite moribunda,
o peito intrépido elege o inesperado e sonda,
o bicho alado planando acima de brisas suaves,
sois mornos, primaveras delicadas e amáveis.
Agora é tempo de tempestade,
água que escorre arrastando antigas mágoas,
prisioneiras nos porões do tempo e lua,
depois do vendaval, destruição,
no livre pássaro surge então um novo adorno
.

Sonia Guzzi

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Minha mãe


Entrelaçando dias claros,
no eco da minha infância,
tocando-me com tolerância,
surge a voz doce, sinfonia,
e qualquer nuvem renuncia,
sabendo do seu fracasso,
após longo e profundo abraço,
doce ventre, amor raro.

Sonia Guzzi

terça-feira, 3 de maio de 2011

Vladimir Maiakóvski- ( 1893- 1930)

Poema mais conhecido do poeta russo. Continua atual, revelando uma faceta humana. Indesejada, mas, infelizmente presente desde sempre e revela a falta de compromisso com o entorno, que acreditamos não nos afetar. Como somos uma pequena letrinha, penso, nessa vasta palavra humana, responderemos em algum momento por nosso descaso e omissão.

Gde abraço, em divina amizade.

Despertar é preciso

Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma flor do nosso jardim e não dizemos nada

Na segunda noite, ja não se escondem; pisam as flores, matam nosso cão e não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba nossa lua e conhecendo nosso medo, arranca a voz da nossa garganta. E porque não dissemos nada, ja não podemos dizer nada.

Vladimir Maiakóvski

Pensamento





Amar é admirar com o coração. Admirar é amar com o cérebro.

Anatole France.

domingo, 1 de maio de 2011

Gratidão



Costumo dizer que amigos(as) são anjos que Deus colocou no nosso caminho, para massagear o coração nas horas de testemunho. No caso da Célia ele exagerou e decidiu que seria para todos os momentos.
Pessoa íntegra, jornalista e escritora impecável, aceitou a dificil tarefa de ser amiga dessa dona de casa, que gosta de palavrear pelos cantos, inventar moda no fogão e falar com as plantas, acreditando piamente que elas respondem.

Minha gratidão pela generosidade e carinho.

Em divina amizade.

Sonia Guzzi

terça-feira, 26 de abril de 2011

Minha dor



Minha dor não tem som nem gesto,
passa discreta com seu rastro pegajoso,
qual lesma laboriosa sob o sol quente e claro,
juntando da terra os gritos, sangue e pranto.


Minha dor não tem gestual de motim ou alarde,
penetra sem ruído nas madrugadas enlutadas,
deita seu alento no colo débil da noite que estremece,
espoca silenciosa no subterrâneo de todos os lamentos,
percebo então que já não é mais minha,
na vastidão do mundo é a dor de todos os homens.

Sonia Guzzi

sábado, 16 de abril de 2011

Pensamento

Se de noite chorares pelo sol, não verás as estrelas.




Rabindranath Tagore

terça-feira, 12 de abril de 2011

Trigo, memória e fogo.




As mãos cobiçosas delineiam,

na farinha fina e branca que esvoaça,

na memória, passos íntimos ressoam,

doce aroma, abrigando de ameaças.


O alecrim peleja o óleo que impregna,

o fermento libertário ensoberba,

no rubro quente, a intenção tensiona e finda,

trigo deleite, exultante, cumpre a promessa.


Sonia Guzzi

terça-feira, 5 de abril de 2011


Poeta que admiro muito. Foi publicado na coletânia, Poesias, contos e crônicas, pela AEAR( Associação dos escritores de Araraquara).


Sombras


Há uma leveza de sombra

Nas lembranças desta rua,

Nesta espera antiga e nua

Por alguém que já não vem


Há uma leveza de sombra

No amor que se insinua

Pela noite, como a lua,

Deslizando sem ninguém.


Mas a sombra deste sonho

É a saudade que flutua

Numa casa abandonada


Onde a alma continua

Como um céu subindo a escada

Rumo à luz da sombra tua.


Mauro Rodrigues dos Santos


terça-feira, 29 de março de 2011

Dia fecundo






A garganta despertou desejosa de cantar,

a boca de insinuar felicidade,

os olhos engraxados no lustre da esperança,

o coração numa flamância por ventura...

Fecundidade...A vista.


Sonia Guzzi

quarta-feira, 16 de março de 2011

VEJO



Vejo o céu sorrindo,

encantado de luz.


Vejo casas corajosas,

sentadas em morros desolados.


Vejo vidas apressadas,

temerosas, em gavetas insolentes.


Vejo também a janela envelhecida,

enfeitada pelo sol.


Vejo a cortina brincando com a brisa.


Vejo minha pele,

abraçando o caminho do tempo.


Vejo meus pés desistentes,

apoiados na mesa.


Vejo meu tempo espiando o mistério.


Vejo a criança pedindo,

a promessa descurada.


Vejo o ruído do mundo,

em imagens.


Vejo

só urgências eternas...

em corpos provisórios.



Sonia Guzzi


segunda-feira, 7 de março de 2011

Palavras vazias



Encontrei alguns escritos datados do ano de 1980. Este abaixo é um deles. Continuo apreciando a síntese, apesar de que provavelmente hoje escreveria de outra forma, mas, o sentimento é o mesmo. Então resolvi transcrevê-lo.

Gde abraço, em divina amizade.



Eu não gosto de explicações, só procuro respostas...Então não deixe que suas palavras embolorem no meu tédio.

É terrivelmente Chato.


Sonia Guzzi


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011






As meninas da Casa do Caminho- Concordia- SC


Homenagem



Menina que abraça,

ainda que o mundo,

destrói em um segundo,

a semente que emerge,

o que o ouro elege,

a menina resiste,

sem medo persiste,

oferece a taça.


Menina que chora,

que é mãe e filha,

faz pão com baunilha,

alimenta sua prole,

pra que seu filho não esmole,

Os olhos molhados,

Os pés fatigados,

A coragem aflora,


Menina valente,

também sonha que um dia,

a ganância esvazia,

na real luz, que não morre,

fecunda, fé não escorre,

oh! menina sem medo,

apanha o brinquedo,

no amor confluente.



Sonia Guzzi

sábado, 8 de janeiro de 2011

Cheiro da Noite



Gosto do cheiro da noite. Com os seus pios e medos. Com a luz mortiça e segredos. A esperança corajosa, filtrando paciente, curiosa. O sonho que empalidece. No esforço como uma prece... Fugindo do algoz açoite.


Sonia Guzzi

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Trecho do livro Pimenta alecrim e palavra:



Delicadamente, dona Nena pegou um punhado de terra de uma panela de barro, colocou na palma das mãos e assoprou, chamando a força da terra através da Amazônia. Em seguida, pegou duas garrafas, uma azul e outra vermelha. Quando tirou a rolha das duas, uma fumaça azul e vermelha saiu dos frascos e, com espanto, Elizabete sentiu a terra tremer. Um som intenso reverberou no ouvido das duas mulheres, e então elas se sentiram pequenas com um grão de areia e, em seguida, imensas como a própria terra. Depois um amor compassivo tomou conta de tudo. Por um breve momento, um amor profundo e extraordinário esqueceu a própria humanidade. Uma brisa suave movimentou a longa túnica dourada que Elizabete usava pela primeira vez.



Sonia Guzzi

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Verão choroso


Meu verão está bem molhado, e o seu?

Triste verão que sem alarde

Provocou o céu inteiro

Quebrando a mansidão da tarde

Derramando um aguaceiro


Sonia Guzzi

Aniversário de um Mestre


Hoje é aniversário de nascimento do mestre Paramahansa Yogananda e gostaria de sugerir seu livro como leitura. É um livro emocionante, com depoimentos do Iogue que iniciou Mahatma Gandhi na Kriya Yoga . O título é: Autobiografia de um Iogue- autor Paramahansa Yogananda. Boa leitura, grande abraço, em divina amizade.
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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Despedida





Não posso mais ficar.


Está tudo triste, desolado,


Somos uma grande planície,


Mergulhada na sombra.


Não se engane,


Não é um simples vestígio de fadiga,


Não conseguimos renovar o encantamento,


Nem encontrar um caminho para o coração.


Não me condene,


Vou sofrer muitos dias sem sua silhueta conhecida,


Ainda tem toda nossa história,


Mas o tempo vai curar nossas feridas,


Agora vou juntar os meus pedaços,


Preciso inspirar meus dias,


Preciso iluminar minha realidade,


Não posso mais ficar.




Sonia Guzzi